sexta-feira, 26 de julho de 2013

Homilia do Papa Francisco em Copacabana:


“Jovens amigos,
‘É bom estarmos aqui’, exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória. Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos, unidos em torno de Jesus! Ele que nos acolhe e se faz presente em meio a nós, aqui no Rio.
Mas, no Evangelho, escutamos também as palavras de Deus Pai: ‘Este é o meu Filho, Escutai-o’. Então, se por um lado é Jesus quem nos acolhe, por outro também nós devemos acolhê-lo, ficar à escuta da sua palavra, pois é justamente acolhendo a Jesus Cristo, palavra encarnada, que o Espírito Santo nos transforma, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para caminharmos com alegria.
Mas o que podemos fazer? ‘Bote fé!’ A Cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. ‘Bote fé!’ O que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então ‘bota’ o sal; falta o azeito, então ‘bota’ o azeite... ‘Botar’, ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: ‘bote fé’ e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; ‘bote esperança’ e todos os seus serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; ‘bote amor’ e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. ‘Bote fé, bote esperança, bote amor!’
Mas quem pode nos dar tudo isso? No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo. ‘Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-O!’ Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, a partir da perspectiva de Jesus e com seus olhos. Por isso, hoje, lhes digo com força: ‘Bote Cristo’ na sua vida e você encontrará um amigo em quem sempre confiar; ‘bote Cristo’, e você verá crescer as asas da esperança para percorrer com alegria o caminho do futuro; ‘bote Cristo’ e a sua vida ficará cheia do seu amor, será uma vida fecunda.
Hoje, queria que nos perguntássemos com sinceridade: em quem depositamos a nossa confiança? Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus? Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder. Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas no fim das contas, são eles que nos possuem, e novas a querer ter sempre mais a nunca estar saciados. ‘Bote Cristo’ na sua vida, deposite n’Ele a sua confiança e você nunca se decepcionará! Vejam, queridos amigos, a fé realiza a nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança. Aparentemente não muda nada, mas, no mais íntimo de nós mesmos, tudo muda.
No nosso coração, habita a paz, a mansidão, a ternura, a coragem, a serenidade e a alegria, que são os frutos do Espírito Santo e a nossa existência se transforma, o nosso modo de pensar e agir se transforma, o nosso modo se renova, torna-se o modo de pensar e de agir Jesus, de Deus. No Ano da Fé, esta Jornada Mundial da Juventude é justamente um dom que nos é oferecido para ficarmos ainda mais perto de Deus, para ser seus discípulos e seus missionários, para deixar que Ele renove a nossa vida.
Querido jovem: ‘bote Cristo’ na sua vida. Nestes dias, Ele lhe espera na palavra: escute-O com atenção e o seu coração será inflamado pela sua presença; ‘Bote Cristo: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado. Não tenham medo de pedir perdão a Deus. Ele nunca se cansa de nos perdoar, como um pai que nos ama. Deus é pura misericórdia! ‘Bote Cristo’: Ele lhe espera no encontro com a sua Carne na Eucaristia, Sacramento da sua presença, do seu sacrifício de amor, e na humanidade de tantos jovens que vão lhe enriquecer com a sua amizade, lhe encorajar com o seu testemunho de fé, lhe ensinar a linguagem da caridade, da bondade, do serviço. Você também, querido jovem, pode ser uma testemunha jubilosa do seu amor, uma testemunha corajosa do seu Evangelho para levar a este mundo um pouco de luz.
‘É bom estarmos aqui’, botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá. Queridos amigos, nessa celebração acolhemos a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Com Maria, queremos ser discípulos e missionários. Como ela, queremos dizer ‘sim’ a Deus. Peçamos ao seu coração de mãe que interceda por nós, para que os nossos corações estejam disponíveis para amar a Jesus e fazê-lo amar. Ele está esperando por nós e conta conosco! Amém.”
----------------------------------------------------------------------------Homilia do Santo Papa Francisco no Palco de Copacabana. Jornada Mundial da Juventudo RJ de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

História de Nossa Senhora do Carmo.


Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando se um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.
A palavra Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.

História de Nossa Senhora do Carmo e os carmelitas

A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada a Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.
Posteriormente os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa. Também foi levada para a América Latina, logo no começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais dedicadas a Senhora do Carmo.

Aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão

São Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.
Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.
Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal  da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno. A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

Milagre de Nossa Senhora do Carmo

A partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os dias de hoje.

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tradição do Carmelo

A palavra escapulário, vem do latim, escápula, que significa  armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa, é coberta com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.
O escapulário, segundo o Concilio do Vaticano II é um Sacramental, um sinal sagrado, obtendo efeitos de proteção da Igreja Católica. É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário, era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.
Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa  mercê e poderosa intercessão.
Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.

O que é JMJ? JMJ: UM SONHO DO CORAÇÃO DE DEUS.


São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.

A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.

O ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) - 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) - 1,5 milhão; em Denver (Estados Unidos – 1993) - 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1 milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões.

Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

São Bento, patrono da Europa.



Mensageiro da paz, artesão da unidade, mestre da civilização, e principalmente arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no Ocidente – eis os títulos que justificam a fama de São Bento, abade. Numa altura em que o Império Romano estava a chegar ao fim e em que as regiões da Europa se afundavam nas trevas e outras regiões desconheciam ainda a civilização e os valores espirituais, ele permitiu, pelo seu esforço constante e assíduo, que se erguesse sobre este continente a aurora de uma nova era. Foram principalmente ele e os seus filhos que, com a cruz, o livro e a charrua, levaram o progresso cristão às populações que iam do Mediterrâneo à Escandinávia, da Irlanda às planícies da Polônia.

Com a cruz, isto é, com a lei de Cristo, firmou e desenvolveu a organização da vida pública e privada. Convém recordar que ensinou aos homens a primazia do culto divino com o Ofício divino, ou seja, a oração litúrgica e assídua. […] Depois, com o livro, ou seja, a cultura: numa altura em que o patrimônio humanista corria o risco de se perder, São Bento, conferindo renome e autoridade a tantos mosteiros, salvou a tradição clássica dos antigos com providencial solicitude, transmitindo-a intacta à posteridade e restaurado o amor pelo saber.

E finalmente com a charrua, quer dizer, com a agricultura e outras iniciativas análogas, conseguiu transformar terras desertas e incultas em campos férteis e jardins graciosos. Unindo a oração ao trabalho manual, de acordo com a célebre injunção «Ora et labora» («Reza e trabalha»), enobreceu e elevou o trabalho do homem. Foi por tudo isto que o Papa Pio XII saudou em São Bento o «pai da Europa».